O bebê sequestrado em uma maternidade no Centro do Rio tem alta médica e passa bem. Além de Ravi, a mãe, Nivea Maria, também teve alta, nessa quinta-feira. Segundo familiares, os dois fizeram uma série de exame antes da autorização para ir pra casa.
Na saída, o pai, Matheus Maranhão, disse que estava aliviado e classificou o que aconteceu como um milagre. O avô do recém-nascido, Davi Maranhão, afirmou que o neto está com a saúde perfeita.
A sequestradora, Cauane Malaquias, segue presa. Ela vai responder por subtração de incapaz, com pena que pode chegar a seis anos de cadeia em caso de condenação. A audiência de custódia dela foi marcada para esta sexta-feira (3).
A Polícia Civil vai ouvir testemunhas para saber o passo a passo da criminosa. O delegado responsável pelo inquérito acredita que o caso foi premeditado.
Cauane teria dito aos familiares e ao namorado que estava grávida. Depois, usou informações de uma amiga que estaria internada na unidade e entrou no hospital.
Por lá ficou cinco horas até passar pela maternidade onde estava Ravi, a mãe e outros quatro bebês também dormindo com as mães. Ela aproveitou um cochilo da avó e da mãe de Ravi para levar o bebe dentro de sacolas, como revelou o circuito interno da maternidade.
Testemunhas que não quiseram gravar entrevista contaram à reportagem que na terça-feira (31), dia do nascimento de Ravi, viram Cauane rondando a entrada do hospital por horas e acharam a atitude suspeita.
Ravi foi sequestrado na madrugada de quarta (1º). Cerca de sete horas depois, a Polícia Militar prendeu Cauane em flagrante no Morro do Borel, na Tijuca, na Zona Norte, e encontrou o bebê. Depois de negar o crime, ela confessou tudo na delegacia.