Batalhão de São Gonçalo investiga operação policial que terminou com a morte de um jovem

A família de Rhuan Rodrigues Pereira acusa agentes de terem atirado nele sem motivo

Por Gabriela MorgadoMyllena ViannaRoberta Camargo

Rhuan Rodrigues Pereira, de 20 anos
Reprodução

O Batalhão de São Gonçalo da Polícia Militar instaura um procedimento interno para apurar a morte de um jovem de 20 anos após uma ação policial na cidade da Região Metropolitana do Rio. A família de Rhuan Rodrigues Pereira acusa agentes de terem atirado nele sem motivo.

O caso aconteceu na madrugada de segunda-feira (19). Segundo testemunhas, o jovem tinha saído da comemoração do aniversário da mãe e estava indo para uma festa em um carro com um primo, seguido por uma amiga, que estava de moto. Próximo a um acesso ao Complexo do Salgueiro, eles teriam passado por uma viatura da PM, que estava com o giroflex desligado. Ainda de acordo com os relatos, não houve abordagem e um agente teria saído do carro já atirando. Dois disparos atingiram Rhuan.

Ainda de acordo com testemunhas, o PM que realizou os disparos chegou a pedir desculpas, após Rhuan ter sido baleado.

Em nota, a Polícia Militar disse que os agentes do batalhão abordaram um veículo na rua Heitor Rodrigues e que, ao solicitarem a parada do carro, criminosos perceberam a abordagem e atiraram nos policiais. Ainda segundo o comunicado, houve confronto e um homem que estava dentro do veículo foi ferido e socorrido ao hospital.

Rhuan foi internado, mas morreu nesta terça-feira (20).

A tia dele, Flavia Garcia, diz que o sobrinho era trabalhador e pede justiça. Ele tinha uma loja de roupas e um depósito de bebidas.

O caso também é investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. As armas dos PMs foram apreendidas para perícia. Os agentes já prestaram depoimento. A família de Rhuan ainda não foi chamada pra depor.

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj também está em contato com a família.O corpo de Rhuan é velado na manhã desta quarta-feira (21), e o enterro acontece às 15h, no Cemitério Parque da Paz, no Pacheco, em São Gonçalo.

Nesta terça, moradores do Jardim Catarina, onde o caso aconteceu, chegaram a fechar a BR-101 e atearam fogo em objetos na via, durante um protesto após a ação da PM. Os manifestantes também pediam mais segurança no trecho.

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