Bandido de Minas Gerais, preso no Rio, estava escondido há um ano no Complexo do Alemão

Merrão, considerado de alta periculosidade, estava hospedado em um hotel de luxo na região

Por Pedro Dobal

Merrão era apontado como o principal fornecedor de maconha na região metropolitana de Belo Horizonte
Divulgação/Policia Civil

Um dos criminosos mais procurados de Minas Gerais foi preso pela Polícia Civil na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Júlio Martins da Silva, conhecido como Merrão, foi localizado pelos agentes em um restaurante da Avenida Olegário Maciel na noite de domingo (10). 
 
O bandido, considerado de alta periculosidade, estava hospedado em um hotel de luxo na região, com vista privilegiada para a orla. Para se hospedar no local, o bandido apresentou um documento falso. Merrão era apontado como o principal fornecedor de maconha na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo os investigadores, ele tinha se aliado aos traficantes do Comando Vermelho do Pará, com o objetivo de expandir as rotas do tráfico para o Norte do país. 
 
O delegado Neilson dos Santos Nogueira explica que ele foi encontrado pelos agentes depois de um trabalho de inteligência que envolveu as polícias do Rio, de Minas Gerais e do Pará. Júlio já tinha sido condenado em 2020 a nove anos e nove meses de prisão por associação para o tráfico. Desde então, ele era considerado foragido e vinha se escondendo há um ano no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. 
 
O bandido vinha sendo monitorado, mas as equipes preferiram realizar a prisão quando ele saiu da comunidade, para evitar confronto. Para o professor de segurança pública da UFF Lenin Pires, o Rio de Janeiro, além de servir como esconderijo, também é um local estratégico onde as organizações criminosas conseguem estabelecer relações e fortalecer alianças. 
 
Segundo o Governo do Rio, cerca de 200 criminosos de outros estados estão escondidos em comunidades do Rio. A Secretaria de Segurança já identificou pelo menos 34 bandidos do Espírito Santo, 21 de Goiás, 20 da Bahia, 18 da Paraíba, 17 do Amazonas, 16 do Pará e 15 de Minas Gerais. A lista ainda inclui criminosos de outros 13 estados.

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