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INSS, Itaú e Agibank não se responsabilizam ações não autorizadas em conta de aposentado

Após mudança de conta e instituição financeira onde recebia o pagamento do INSS, sem sequer autorizar a transferência, aposentado tem desconto de R$ 1 mil no benefício

Por Carlos Briggs

INSS, Itaú e Agibank não se responsabilizam ações não autorizadas em conta de aposentado
Joédson Alves/Agência Brasil

Após mudança de conta e instituição financeira onde recebia o pagamento do INSS, sem sequer autorizar a transferência, aposentado tem desconto de R$ 1 mil no benefício e ainda tem a contestação do abatimento negada pelo novo banco. 

A denúncia é do ouvinte Silvio Roberto Barboza de Alencar, que trabalha como motorista de aplicativo para completar a renda.

O golpe contra o idoso tem sido cada vez mais comum. Os criminosos entram em contato com as vítimas e agendam uma visita, sob pretexto de atualizar o cadastro do cliente. No encontro, tiram fotos e pegam informações cadastrais da pessoa. Com os dados do beneficiário, pedem a transferência bancária do aposentado. No caso de Silvio, o benefício dele foi levado do banco Itaú para o Agilibank, sem qualquer documento assinado pelo ouvinte.

Na nova instituição financeira, os golpistas realizam empréstimos, com a mesma facilidade com que mudam o banco de pagamento do benefício.

Nós procuramos todos os envolvidos na denúncia. O INSS informou que a mudança foi feita pelo banco Itaú e, nesses casos, orienta que o beneficiário registre a ocorrência na polícia e que cadastre uma denúncia pelo Fala.Br, anexando o R.O. para que seja aberta uma apuração do caso junto a instituição bancária. Mas, o órgão não informou quais os parâmetros de segurança que leva em conta para autorizar a transferência do pagamento de benefício.

Segundo Silvio, o banco apenas questionou se ele era correntista ou só tinha conta para receber o benefício. Ao ser questionado sobre o que precisa ser apresentado para realizar a transferência bancária, o Itaú adotou o silêncio. O mesmo questionamento foi feito ao Agilibank, que sequer se pronunciou sobre o caso.

Enquanto aguarda a resolução do caso, o aposentado, que já prestou queixa à Polícia Civil, segue com uma dívida de R$ 1 mil. 

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