Após mudança de conta e instituição financeira onde recebia o pagamento do INSS, sem sequer autorizar a transferência, aposentado tem desconto de R$ 1 mil no benefício e ainda tem a contestação do abatimento negada pelo novo banco.
A denúncia é do ouvinte Silvio Roberto Barboza de Alencar, que trabalha como motorista de aplicativo para completar a renda.
O golpe contra o idoso tem sido cada vez mais comum. Os criminosos entram em contato com as vítimas e agendam uma visita, sob pretexto de atualizar o cadastro do cliente. No encontro, tiram fotos e pegam informações cadastrais da pessoa. Com os dados do beneficiário, pedem a transferência bancária do aposentado. No caso de Silvio, o benefício dele foi levado do banco Itaú para o Agilibank, sem qualquer documento assinado pelo ouvinte.
Na nova instituição financeira, os golpistas realizam empréstimos, com a mesma facilidade com que mudam o banco de pagamento do benefício.
Nós procuramos todos os envolvidos na denúncia. O INSS informou que a mudança foi feita pelo banco Itaú e, nesses casos, orienta que o beneficiário registre a ocorrência na polícia e que cadastre uma denúncia pelo Fala.Br, anexando o R.O. para que seja aberta uma apuração do caso junto a instituição bancária. Mas, o órgão não informou quais os parâmetros de segurança que leva em conta para autorizar a transferência do pagamento de benefício.
Segundo Silvio, o banco apenas questionou se ele era correntista ou só tinha conta para receber o benefício. Ao ser questionado sobre o que precisa ser apresentado para realizar a transferência bancária, o Itaú adotou o silêncio.
Enquanto aguarda a resolução do caso, o aposentado, que já prestou queixa à Polícia Civil, segue com uma dívida de R$ 1 mil.
A assessoria de imprensa da Agibank, em nota, esclareceu que em todos os seus processos de abertura de conta e contratação de crédito, segue rigorosos protocolos de segurança, incluindo a verificação de identidade por biometria, envio de documentos de identificação pessoais e confirmação de informações via SMS para o número de telefone cadastrado pelo próprio cliente. Ainda segundo a empresa, no caso do Sr. Silvio Roberto Barboza de Alencar, todos esses procedimentos foram seguidos conforme exigido por nossos padrões de segurança.
Sobre a ação dos criminosos, a Agibank explica que até o momento, todas as transações realizadas no sistema seguiram os procedimentos de segurança, e o cliente validou a abertura de conta e a contratação dos créditos por meio de sua biometria.
“O valor contestado de R$ 1.000 refere-se às parcelas de empréstimos contratados pelo próprio cliente. Essas cobranças foram devidamente autorizadas pelo Sr. Silvio por meio de sua assinatura digital e da validação dos contratos, e os valores foram creditados em sua conta no Agibank”, explica.
A empresa também reiterou que o boletim de ocorrência apresentado pelo cliente foi considerado improcedente, pois a documentação e a biometria utilizadas no processo de abertura de conta e contratação de crédito correspondem aos dados do próprio Sr. Silvio.
Segundo a empresa, assim que receberam a contestação e denúncia por parte do cliente, tomou as devidas providências e abriu o Mecanismo Especial de Devolução (MED), para tentar auxiliar o cliente a recuperar valores.
“O Agibank segue investindo continuamente em tecnologias avançadas de segurança e está comprometido em auxiliar o cliente na proteção de seus dados pessoais. Recomendamos que o Sr. Silvio tome medidas adicionais de segurança para evitar exposição futura de suas informações. Nossa equipe está disponível para orientá-lo sobre como proceder e oferecer todo o suporte necessário”, finaliza.