Piloto do RJ desaparece na Venezuela; investigação checa possível desligamento de rastreador

Pedro Rodrigues Parente Neto, de 37 anos, teria entrado no país sem registro no último dia 17 de agosto

Por Gabriela Morgado

Piloto do Rio de Janeiro que desapareceu na Venezuela
Reprodução

Autoridades investigam se o piloto do Rio de Janeiro que desapareceu na Venezuela desligou o aparelho de rastreamento do monomotor que pilotava. Pedro Rodrigues Parente Neto, de 37 anos, teria entrado no país sem registro no dia 17 de agosto. Ele não é mais visto desde o dia 1º de setembro.

Conhecido como Pedro Buta, ele é piloto há 14 anos e foi contratado por um empresário brasileiro que estava na Venezuela para levar um monomotor até o país e trazer o homem de volta ao Brasil. Segundo um documento assinado pelo empresário Daniel Seabra e por Pedro, o piloto saiu de Goiânia com a aeronave no dia 15 de agosto e pousou na cidade de Caicara del Orinoco no dia 17. 

Mas, segundo Daniel Seabra, no dia 1º, ele teria saído com uma pessoa desconhecida e desaparecido. O monomotor também sumiu. No mesmo dia, Pedro falou com a mãe pela última vez.

Uma conversa entre o piloto e Daniel Seabra, do dia 6 de agosto, mostra que Pedro afirmou que iria traçar um plano de voo para uma fazenda no caminho e desligar o transponder, equipamento responsável pelo rastreamento das aeronaves. Na conversa, Daniel concorda.

Procurado pela reportagem, o empresário disse que não vai se pronunciar. Mas à família de Pedro, ele negou que tenha concordado com o desligamento do aparelho e disse que a mensagem citada se referia a outro assunto.

A mãe de Pedro, Maria Eugenia Buta, relatou o sumiço do piloto na última quarta-feira (4). Ela decidiu ir até a Venezuela para buscar pelo filho. À mãe, Pedro Parente disse que estava na Bahia, para não a preocupar, já que já tinha sofrido acidentes na Amazônia. Agora, sem informações, Maria Eugenia Buta critica a atitude do empresário Daniel Seabra. 

Segundo a Força Aérea Brasileira o último plano de voo de Pedro previa a saída de Boa Vista, em Roraima, e a chegada em uma fazenda na cidade de Amajari, no mesmo estado. No entanto, o sinal da aeronave foi perdido, quando Pedro ingressou em um espaço sem cobertura de radar.

Ainda de acordo com a FAB, até o momento, as informações são insuficientes para que seja possível realizar buscas por meios aéreos. 

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que acompanha o caso, presta assistência consular aos familiares do brasileiro e está em contato com as autoridades locais. 

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