No primeiro dia de reajuste do preço de gasolina, os postos de combustível já começaram a repassar o novo valor aos consumidores.  

O aumento de R$ 0,20 por litro no preço da gasolina vendida às distribuidoras começou a valer nesta terça-feira (9). O combustível passa a ter o valor de R$ 3,01 por litro na saída das refinarias, uma alta de 7%.

O impacto já começou a ser sentido no bolso daqueles que abastecem carros e motocicletas com gasolina.  

Nesta terça-feira (9), a reportagem da BandNews FM percorreu alguns estabelecimentos. Em um posto de combustível em Bonsucesso, na Zona Norte da capital fluminense, por exemplo, o preço da gasolina passou de R$ 5,69 para R$ 5,89.  

O aumento gera mais custo e menos lucro para quem trabalha com transporte.

Em São Paulo, os consumidores já sentem o aumento da gasolina. No entanto, já na véspera, os ouvintes perceberam mudanças nas bombas de alguns postos na Zona Leste. Na semana passada, um motorista de aplicativo percebeu a diferença nos preços.  

A Petrobras é responsável por 80% da oferta de gasolina no Brasil. Os outros 20% são de refinarias privadas. A formação de preço é livre e é das empresas, tanto das refinarias quanto das distribuidoras, e também dos postos.

Segundo o economista Éric Gil Dantas, apesar da alta de 20 centavos, o aumento nos postos deve ser menor, porque a gasolina final dos postos é misturada com o etanol.  

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, o valor médio da gasolina no país entre os dias 23 a 29 de junho era de R$ 5,86. Já na capital Fluminense, o valor médio nos postos de combustíveis era de R$ 5,71.

Esse é o primeiro reajuste nos preços pela Petrobras neste ano. Em maio do ano passado, a companhia anunciou o fim da paridade de preços do petroleo com o dólar e o mercado internacional. Desde então, a estatal utiliza o que chama de "custo alternativo do cliente" e o "valor marginal".

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, que calcula diariamente a paridade de importação da gasolina, mesmo com o reajuste, os valores do combustível estão com uma defasagem média de R$ 0,34 por litro, o que representa um porcentual de 10%.  

Desde junho, a Petrobras é presidida por Magda Chambriard. A engenheira substituiu Jean Paul Prates.

O gás de cozinha também sofreu aumento. O valor do GLP vendido às distribuidoras passou a ser de R$ 34,70 por botijão de 13 kg, uma alta de 9,8%. O valor médio do produto chegando ao consumidor final na última semana de junho era de R$ 94,78 no país, segundo a ANP.