Audiência deve ser marcada para discutir carga horária dos guardas municipais

Atualmente, a escala é de 12 por 60 horas mas o Projeto de Lei Complementar quer estabelecer a jornada em 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso

Por Gabriela Souza

Audiência deve ser marcada para discutir carga horária dos guardas municipais
Nova audiência para discutir carga horária de guardas municipais
Divulgação/Governo Federal

Uma nova audiência pública deve ser marcada na Comissão de Administração da Câmara de Vereadores do Rio sobre a proposta de mudança da carga horária dos guardas municipais. 

Atualmente, a escala é de 12 por 60 horas. Mas o Projeto de Lei Complementar, elaborado pelo Município, quer estabelecer a jornada em 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso.

A lei que instaurou a atual escala 12 por 60 é de autoria do ex-vereador e agora deputado federal Jones Moura. Segundo o texto, o objetivo central era garantir tempo de descanso razoável e a recuperação física e psíquica dos agentes que trabalham nas ruas.

Nesta terça-feira (23), guardas e vereadores participaram da primeira audiência pública sobre a proposta da Prefeitura. O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, afirmou que, com as mudanças, a previsão é um aumento no efetivo diário.

Centenas de guardas municipais realizaram uma manifestação em frente à Câmara, durante a audiência. Eles alegam que um menor tempo de descanso impediria os guardas de exercerem outras funções para complementar a renda.

A sub-inspetora da Guarda Municipal, Fátima Marins, diz que a proposta é prejudicial à categoria.

Quando a lei que define a carga horária foi alterada, em outubro de 2009, a cidade do Rio tinha cerca de 3.000 guardas municipais por dia nas ruas. Hoje, são 700. A Prefeitura justifica que a alteração na escala para 12h por 36h aumentaria em 50% o efetivo diário da Guarda Municipal.

No caso da Polícia Militar, por exemplo, há dois regimes de trabalho com menor tempo de descanso: 12h por 48h e 12h por 36h. 

Mais notícias

Carregar mais