A Polícia Militar registrou um aumento de 22% no número de atendimentos de mulheres em situação de violência no ano passado, em comparação com 2022.
Foram mais de 66 mil atendimentos pela Patrulha Maria da Penha - Guardiões da Vida, programa que tem o objetivo de auxiliar a população no enfrentamento à violência contra mulheres.
A Patrulha ainda realizou uma prisão a cada três dias, no ano passado, por descumprimento de medida protetiva expedida pela Justiça. Ao todo, foram 105 homens presos, a maioria em flagrante.
A Tenente-Coronel Claudia Moraes, coordenadora do programa Patrulha Maria da Penha, afirma que os números mostram que as mulheres estão buscando mais ajuda.
Segundo a corporação, o elevado número de prisões comprova a eficácia do trabalho das visitas domiciliares às mulheres que foram vítimas de violência doméstica.
A Patrulha Maria da Penha ainda destaca que um dos principais desafios é a recusa de atendimento. Entre as principais justificativas apresentadas pelas mulheres estão a vergonha e o fato de terem retomado o relacionamento com os agressores. Em 2023, 3.220 mulheres recusaram o atendimento do programa. O dado reflete um aumento de quase 50% na comparação entre o total de recusas registradas em 2022 com o número levantado no ano passado.