Ataques no Rio deixam crianças presas em excursões escolares

Aproximadamente 400 crianças foram abrigadas em um clube até a noite

Por Fernanda CaldasJoão Videira (sob supervisão)

Segundo familiares, alguns pais chegaram a levar, mantas e alimentos para as crianças
Reprodução

Em meio a ação de milicianos incendiando 35 ônibus na Zona Oeste do Rio, na tarde desta segunda-feira (23), aproximadamente 400 crianças foram abrigadas em um clube até a noite. A medida foi tomada por orientação da direção pedagógica.

O grupo estava em uma excursão em Santa Cruz. Todos só deixaram o local, o Megavile Clube Guaratiba, após a chegada de equipes da Polícia Civil e da PM que realizaram a escolta até a unidade do Colégio Bahiense, nos bairros da Freguesia e da Barra da Tijuca.  

Uma outra excursão em curso, do Colégio Garriga de Menezes, em Jacarepaguá, também teve que ser interrompida e mais de 50 menores ficaram presos dentro de um parque ambiental. Crianças do maternal também estavam no passeio educativo que começou no início da tarde.  

Segundo familiares, alguns pais chegaram a levar, de moto, mantas e alimentos para os alunos, que não faziam noção do ocorrido, como conta a mãe de um dos estudantes, que teve a identidade preservada.

"Estavam acalmando todo mundo falando que eles estão bem, falando que era uma festa do pijama. Eles não tem noção do que está acontecendo de verdade. Aí levaram mantinhas para as crianças, biscoitos, suco."

Já o ônibus que transportava alunos do Colégio Francisco de Assis precisou parar em um posto da Polícia Rodoviária Federal na volta de um passeio em um sítio de Itaguaí, na Região Metropolitana. O motorista estava com medo de seguir viagem devido aos ataques. O veículo foi escoltado por agentes da PRF até a escola, em Realengo, também na Zona Oeste.  

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