Uma das linhas de investigação sobre o ataque a tiros que matou quatro pessoas em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, aponta que o crime pode ter relação com a disputa entre criminosos rivais da região, que vive uma guerra entre traficantes e milicianos.
O crime aconteceu na noite de domingo (1º), no bairro Xavantes. Testemunhas contaram que os criminosos chegaram em um carro branco e dispararam várias vezes na direção de um grupo reunido em frente a um bar.
A Polícia Civil investiga se o fato deles terem ouvido músicas com alusão ao tráfico pode ter motivado o crime. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense tenta identificar os criminosos e, por enquanto, nenhuma possibilidade está descartada.
Segundo a Polícia Civil, nenhum dos mortos tinha passagem na Polícia por envolvimento com o crime organizado, mas dois deles já foram investigados por violência doméstica.
Familiares afirmam que todos os mortos eram inocentes. De acordo com os parentes, Douglas de Moura Costa, de 39 anos, era pedreiro. Carlos Augusto Batista, também de 39, e Robert de Paula, de 28, eram motoristas de aplicativo. Já Leandro Marciano Azevedo, de 31 anos, trabalhava em um mercado da Zona Sul do Rio, como conta o cunhado dele, João Eduardo Alves.
No local do crime, há diversas marcas de disparos. Um boné, um chinelo e até a camisa de uma das vítimas ficaram para trás.
Um homem de 37 anos foi baleado no braço e está internado no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, com quadro de saúde estável.
Também no domingo (1º), outro homem foi morto em uma feira livre no bairro Areia Branca, Belford Roxo. O assassinato Luender Sergio Moraes da Conceição é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.
Já em Niterói, na Região Metropolitana, outro ataque a tiros deixou dois mortos e quatro feridos em um bar no bairro de São Domingos. Segundo a Polícia, dois criminosos em uma moto passaram atirando na noite de sábado (30).
Michel da Silva Campos Pereira morreu na hora. Janete Regina Batista chegou a ser socorrida, mas não resistiu.
Assim como em Belford Roxo, o grupo estava comemorando o título do Botafogo na Libertadores quando o crime aconteceu.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense
Reprodução/Polícia Civil