
Os assistentes de acusação no caso das influenciadoras que deram uma banana e um macaco de pelúcia para duas crianças negras pedem a prisão preventiva das acusadas. Kerollen Cunha e Nancy Gonçalves teriam gravado o vídeo como uma "pegadinha" para gerar engajamento nas redes sociais. O episódio aconteceu em 2023.
Nesta quinta-feira (13), a Justiça do Rio realizou a primeira audiência de instrução e julgamento do caso. Uma das crianças que aparece nos vídeos e a mãe dela foram ouvidas pelo Tribunal.
As acusadas não compareceram à audiência, que aconteceu na 1ª Vara Criminal de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
Segundo o advogado Marcos Moraes, que integra a equipe do advogado Alexandre Dumans, do Escritório Modelo Nilo Batista da SACERJ, e representa as vítimas, o pedido de prisão preventiva ocorre em sintonia com o Ministério Público.
Solicitei a prisão preventiva das acusadas, porque elas estão se evadindo da Justiça, elas tentaram silenciar a família oferecendo uma cesta básica, então isso tudo demonstra que elas estão tentando obstruir a Justiça. Esse é o entendimento da assistência de acusação. E se não fosse decretada a prisão preventiva, eu solicitei que a Juíza determine outras medidas, como monitoramento de controle eletrônico, um comparecimento ao juízo para justificar as atividades...
Na época do crime, a dupla de influenciadoras tinha mais de um milhão de seguidores no Instagram e 13 milhões de inscritos no TikTok. O material foi apagado da Internet após a repercussão do caso.
O advogado Marcos Moraes afirmou que confia na Justiça e classificou o caso como repugnante.
O que essas acusadas fizeram é execrável, uma brincadeira de péssimo gosto com uma criança negra, pobre. Então isso é repugnante, é uma luta por justiça e, também, contra o racismo.
Em depoimento à polícia na época do caso, Kerollen e Nancy chegaram a negar o crime de racismo e afirmaram que não tinham a intenção de ofender ninguém.
A BandNews FM tenta contato com a defesa das acusadas.