Um ex-assessor de gabinete do vereador Gabriel Monteiro disse em depoimento à Polícia Civil que ganhava um salário de R$ 10 mil, mas nunca esteve na Câmara do Rio. Mateus Souza de Oliveira afirmou que ocupava o cargo de auxiliar de Gabinete, mas que realizava as funções da casa do parlamentar.
Aos agentes, ele contou que conheceu Gabriel em 2019, no Movimento Brasil Livre (MBL). Mateus se aproximou de Monteiro, que na época atuava como Policial Militar, e começou a trabalhar com ele em vídeos políticos e de comédia. Os dois chegaram a morar juntos num apartamento de Gabriel, em Icaraí, na Zona Sul de Niterói, mas houve uma briga e Mateus decidiu ir embora.
Ainda segundo o relato de Mateus, no final de 2020, após Monteiro ser eleito vereador do Rio, ele foi procurado pelo chefe de gabinete do Gabriel, Rick, que pediu para que ele voltasse a trabalhar com eles.
De acordo com o ex-funcionário, ele começou a trabalhar com o vereador já no dia primeiro de janeiro de 2021, como assessor de mídia, com um salário de R$ 7200, pagos pela Câmara de Vereadores. Três meses depois esse valor aumentou em R$ 3 mil. Mateus afirma que passou a integrar o cargo de DAS 6, Auxiliar de Gabinete, com salário em torno de R$ 10.200,00, mas que nunca trabalhou fisicamente na câmara dos vereadores.
Mateus denunciou que foi alvo de assédio moral, já que passava por diversas humilhações cometidas pelo vereador. O vereador nega as acusações.
A Delegacia do Recreio investiga as denúncias de assédio moral e sexual, além de estupros e vazamento de vídeos de sexo explícito, inclusive com uma menor de 15 anos. Nesta quinta-feira, Gabriel foi alvo de uma operação policial. Ele prestou esclarecimentos na delegacia e nega todas as acusações.