Assassino de Anic Herdy trocou mensagens com a filha de dentro do presídio no RJ

Ele mandou uma mensagem orientando a filha a alertar ao advogado sobre um rastreador instalado no carro

Por Daniel Henrique

Lourival confessou que matou Anic
Reprodução

Assassino confesso da advogada Anic Herdy, Lourival Corrêa Fadiga conversou com a filha por mensagens telefônicas de dentro do presídio por pelo menos duas vezes. A informação consta em um relatório da Polícia Civil sobre o caso.

Lourival foi preso no dia 19 de março deste ano e transferido ao presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, três dias depois. O relatório aponta que no dia 27, ele mandou uma mensagem para Maria Luiza Vieira Fadiga, orientando a filha a alertar ao advogado sobre um rastreador instalado no carro, possivelmente utilizado no crime. No dia seguinte, os dois conversaram novamente sobre o pagamento das contas da família.

Na época do crime, o marido de Anic, Benjamim Herdy, de 78 anos, passou a receber mensagens em que os supostos sequestradores exigiam o pagamento de mais de R$ 4 milhões pelo resgate.

Sob orientação de Lourival, Benjamim realizou o pagamento em dinheiro em espécie, criptomoedas e 40 transferências bancárias. No dia combinado para que Anic fosse libertada, Benjamim foi a um shopping na Zona Oeste, local combinado para que ela fosse deixada, enquanto Lourival seguiu com o dinheiro para supostamente entregar aos sequestradores.

A Polícia Civil descobriu que com o dinheiro, Lourival comprou um carro de luxo, uma motocicleta e 950 celulares.

Os dois filhos e a ex-companheira de Lourival também são acusados de participação no crime. Maria Luiza Vieira Fadiga e Henrique Vieira Fadiga chegaram a ser presos, mas já foram soltos, enquanto Rebecca Azevedo dos Santos segue sob custódia.

Lourival confessou que matou Anic. Ele indica que praticou o crime com um golpe no pescoço dentro de um quarto de hotel em Itaipava, também na Região Serrana.

A defesa dele acusa Benjamim Herdy de ter mandado matar a esposa, porque ela abusaria sexualmente da filha. No entanto, a jovem nega e, segundo a Polícia Civil, não há indícios que confirmem esta versão.

O processo segue correndo sob sigilo na Justiça.

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