Armas de policiais envolvidos na morte de motoboy são apreendidas pela Polícia Civil

A PM instaurou um procedimento apuratório para avaliar a conduta dos agentes envolvidos na ação

Por Vinícius Calixto

Parentes acusam os agentes de atirarem contra João Jorge do Nascimento após ele e um amigo não pararem a moto
Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil analisa as imagens que mostram um policial revirando o bolso do motoboy de 18 anos, que foi morto durante uma tentativa de abordagem da Polícia Militar. As armas dos policiais militares envolvidos na ação foram apreendidas. O caso aconteceu na madrugada desta segunda-feira (18), na Tijuca, na Zona Norte do Rio. A vítima era moradora do Morro do Salgueiro. 
 
Parentes acusam os agentes de atirarem contra João Jorge do Nascimento após ele e um amigo não pararem a moto. Segundo testemunhas, os jovens não ouviram a ordem de parada porque estavam com fones de ouvido. A irmã de João Jorge, Raiane Lima, condenou a abordagem dos agentes e a diferença no tipo de abordagem para moradores de favela. 
 
A PM instaurou um procedimento apuratório para avaliar a conduta dos agentes envolvidos na ação. Os policiais afirmaram que viram dois homens numa moto em atitude suspeita e deram ordem de parada. Os suspeitos não teriam respeitado e fugiram.  

Ainda de acordo com a PM, João Jorge teria feito um movimento para sacar uma arma. Foi nesse momento que um dos policiais atirou. O motoboy chegou a ser socorrido, mas não resistiu. 
 
A irmã da vítima, Raiane Lima, afirmou que João Jorge era um garoto que gostava de ajudar a todos. Segundo fontes da BandNews FM, a vítima era investigada, mas não possuía antecedentes criminais. 
 
Na segunda-feira (18), moradores realizaram um protesto em ruas da Tijuca após a morte do jovem. Um ônibus chegou a ser atravessado em uma das vias até a chegada da Polícia Militar. O policiamento foi reforçado na região.

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