Especialistas apontam que o fim da isenção dos tributos federais sobre a gasolina pode afetar negativamente a inflação do país no próximo mês, com um impacto de cerca de 0,35 ponto porcentual no IPCA de março.
No acumulado de 12 meses, a inflação está em 5,77%. Já em janeiro, o índice ficou em 0,53%. Com as mudanças tributárias no combustível, o economista do FGV Ibre André Braz acredita que a gasolina pode responder por 50% da inflação em março.
Por outro lado, de acordo com o educador financeiro Alexandre Prado, a retomada da cobrança dos impostos vai permitir que o Governo Federal arrecade quase R$ 30 bilhões. O lucro pode trazer um alívio para os cofres públicos, já que para este ano, a previsão é de que o rombo fiscal seja de pelo menos R$ 200 bilhões.
O Governo Federal reonerou parcialmente a gasolina em R$ 0,47. Para compensar a alta, a Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,13 no preço médio do combustível nas distribuidoras. As medidas entraram em vigor nesta quarta-feira (1º). A expectativa era de que o aumento do preço do combustível nas bombas fosse de cerca de R$ 0,34. No entanto, motoristas observaram um aumento superior em diversos pontos no país. No Rio, esse aumento foi visto, inclusive, no preço de combustíveis que ainda estão isentos da tributação federal.
Segundo o Governo Federal, o imposto sobre o etanol passa a ser de R$ 0,02 por litro. Já os tributos federais sobre diesel, biodiesel, gás natural e de cozinha permanecem zerados até o fim do ano.