Após pandemia, procura por cidadania italiana aumenta 800% entre brasileiros

A afirmação é da especialista em genealogia e consultora em cidadania, Nátali Lazzari

Por Maria Eduarda Vieira

Cidadania Italiana
Divulgação

A procura por cidadania italiana aumentou 800% entre os brasileiros após a pandemia de Covid-19. Paulistas e Gaúchos se destacam na busca. A afirmação é da especialista em genealogia e consultora em cidadania, Nátali Lazzari.

Segundo dados da embaixada da Itália no Brasil, cerca de 25 milhões de brasileiros são ascendentes de imigrantes italianos. Aproximadamente 600 mil dessas pessoas são do Rio de Janeiro.

O alto número é resultado da grande massa de italianos que vieram para terras brasileiras entre os anos de 1870 e 1960. Na época, as regiões Sul e Sudeste foram as mais procuradas. A grande demanda tem feito os cartórios do país europeu ficarem lotados de pedidos, principalmente as unidades localizadas em cidades pequenas. 

O passaporte italiano ocupa o primeiro lugar, juntamente com o espanhol, no ranking Henley Passport Index, que elege o passaporte mais forte do mundo. A classificação leva em consideração aquele que garante a entrada da pessoa em uma maior quantidade de países.

Pensando nisso, a especialista em cidadania italiana, Nátali Lazzari, explica que, após a pandemia, as pessoas passaram a buscar alternativas para não ficarem limitadas geograficamente.

Ainda de acordo com a especialista, a busca por melhores condições e oportunidades de educação para os filhos é o principal motivo para as famílias optarem pela cidadania italiana.

A mãe da administradora de 32 anos, Juliana Dias, fez o passaporte europeu dela ainda na infância pensando na possibilidade da filha realizar um intercâmbio no futuro. Como teve benefícios, Juliana decidiu fazer o mesmo com seus filhos.

Com a alta procura, especialmente nos últimos anos, a Itália planeja alterar a lei pensando em dificultar o acesso ao reconhecimento da cidadania por parte dos descendentes. Entre as medidas do projeto de lei estão a comprovação da ascendência em linha reta até o terceiro grau de cidadãos italianos ou residentes no país e também a necessidade de conhecimento intermediário do idioma.

Embora já protocolada, a legislação ainda não tem previsão para ser votada.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.