Equipes do Ministério da Gestão e Inovação e da direção do Arquivo Nacional vão definir as medidas emergenciais cabíveis para a preservação e recuperação de parte do acervo que foi danificada após a sede do Arquivo no Centro do Rio alagar durante a forte chuva que atingiu a cidade essa semana.
Sete caixas com documentos foram atingidas por um vazamento de água no complexo de prédios. Elas pertenciam ao fundo "Negócios de Portugal", que possui registros do Brasil Colônia e Império, e ao acervo da Companhia Brasileira de Infraestrutura Fazendária. O processo de secagem foi concluído.
O sétimo andar do prédio, que fica na Avenida Marechal Câmara, precisou ser interditado e desocupado por causa dos danos da chuva.
O presidente da Associação dos Servidores do Arquivo Nacional, Felipe Almeida, conta que muitos documentos ficaram molhados, mas não chegaram a ser destruídos. Ele contou que a sede também sofre com problemas crônicos, como falta de refrigeração, que afeta na climatização.
A equipe do Ministério da Gestão e Inovação, liderada pelo Secretário de Gestão Corporativa da pasta, Cilair Abreu esteve na sede do Arquivo Nacional, nesta quarta-feira (15).
Na internet, a ministra da pasta, Esther Dweck, anunciou o nome de Ana Flávia Magalhaes Pinto, para assumir a direção do espaço, para desenvolver novas medidas de preservação do acervo.
Após a chuva desta semana, também foram registrados vazamentos de água no bloco F, mas o acervo mantido no local não foi atingido.
Como efeito da chuva, está suspensa a produção de cópias digitais de vídeos, filmes e gravações de sonoras, até o dia 10 de março deste ano. Isso porque houve a necessidade, segundo o Arquivo, de deslocar a estrutura usada na digitalização de documentos audiovisuais e sonoros. O atendimento presencial chegou a ser cancelado por causa do trabalho de manutenção dos itens, mas já foi retomado.