Após ataque a ônibus, Flávio Dino anuncia envio de mais agentes federais ao Rio

Segundo o governador Cláudio Castro, as 12 pessoas presas suspeitas de atearem fogo nos coletivos devem ser transferidas para penitenciárias federais

Por Pedro DobalFernanda Caldas

35 ônibus foram incendiados na Zona Oeste
Reprodução/Redes sociais

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirma que vai ampliar o número de agentes federais que atuam no Rio de Janeiro após uma segunda-feira (23) de tensão na Zona Oeste, que terminou com 35 ônibus queimados por criminosos.

Cerca de 300 agentes da Força Nacional reforçam o policiamento no estado, mas a atuação deles está restrita a rodovias federais, portos e aeroportos. Em uma rede social, o ministro disse que reuniões estão previstas para esta terça-feira (24) e novas decisões serão anunciadas nos próximos dias.

Segundo o governador Cláudio Castro, as 12 pessoas presas suspeitas de atearem fogo nos coletivos devem ser transferidas para penitenciárias federais. O político classificou os ataques como atos terroristas e afirmou que a decisão foi tomada após diálogo com o Ministério da Justiça.

Os protestos aconteceram em represália à morte do miliciano Matheus da Silva Rezende em uma operação da Polícia Civil em Santa Cruz, na mesma região. Ele era sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe da milícia que atua na Zona Oeste, e filho de Wellington da Silva Braga, o Ecko, que foi morto em outra operação em 2021. Um criminoso também foi preso. Os agentes ainda apreenderam dois fuzis, uma pistola, dezenas de carregadores, munição, rádios transmissores, coletes e celulares.

De acordo com Cláudio Castro, Matheus era o segundo na hierarquia do grupo criminoso e estava sendo preparado para assumir a chefia da facção. Ele era apontado como um dos responsáveis diretos pelas disputas territoriais na região e também atuava na união entre tráfico e milícia.

O Governo do Estado afirma que as ações das polícias Civil e Militar terão como foco a prisão de chefes das facções que atuam no Rio. Além do miliciano Zinho, estão na lista o miliciano Danilo Dias Lima, o Tandera, e o traficante Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha.  

Nesta terça-feira (24), o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli; o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar; e o comandante da Força Nacional, coronel Alencar, vão se reunir com as superintendências da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. 

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