Apenas 5 pessoas poderiam executado Marielle, diz secretário de Polícia Civil

Declaração foi dada ao delegado da PF responsável pela investigação do crime; Ronnie Lessa estava na lista

Por Gabriela MorgadoYasmin Bachour

Marielle Franco
Câmara Municipal do Rio

Um novo relatório da Polícia Federal sobre o caso Marielle Franco ressalta como os investigadores da Polícia Civil desprezaram imagens de câmeras de segurança. De acordo com a PF, pouco tempo depois do crime, a equipe do então chefe da Delegacia de Homicídios da Capital, Giniton Lages, teria tido acesso às imagens do carro usado pelos criminosos passando pelo Quebra-Mar da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Esse teria sido o local de partida no dia do assassinato. Em depoimento, Giniton Lages disse que um defeito técnico teria impedidos os investigadores de notarem o veículo naquele momento. O trajeto feito pelos bandidos chegou a ser sugerido à equipe na época pelo delegado Marcus Amim, atua secretário da Polícia Civil.

No entanto, para a Polícia Federal, Giniton sabia da passagem do carro pelo Quebra-Mar, mas revisitou as câmeras apenas no final daquele ano, para adiar a apuração do caso. A justificativa foi o surgimento de uma denúncia anônima contra o ex-PM Ronnie Lessa, que confessou ter feito os disparos.

Ainda segundo a PF, os investigadores não teriam avançado na captação das imagens da Avenida Lúcio Costa, reforçando a tese de que não quiseram chegar à origem dos executores.  

A BandNews FM tenta contato com Giniton Lages.

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