Um novo relatório da Polícia Federal sobre o caso Marielle Franco ressalta como os investigadores da Polícia Civil desprezaram imagens de câmeras de segurança. De acordo com a PF, pouco tempo depois do crime, a equipe do então chefe da Delegacia de Homicídios da Capital, Giniton Lages, teria tido acesso às imagens do carro usado pelos criminosos passando pelo Quebra-Mar da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Esse teria sido o local de partida no dia do assassinato. Em depoimento, Giniton Lages disse que um defeito técnico teria impedidos os investigadores de notarem o veículo naquele momento. O trajeto feito pelos bandidos chegou a ser sugerido à equipe na época pelo delegado Marcus Amim, atua secretário da Polícia Civil.
No entanto, para a Polícia Federal, Giniton sabia da passagem do carro pelo Quebra-Mar, mas revisitou as câmeras apenas no final daquele ano, para adiar a apuração do caso. A justificativa foi o surgimento de uma denúncia anônima contra o ex-PM Ronnie Lessa, que confessou ter feito os disparos.
Ainda segundo a PF, os investigadores não teriam avançado na captação das imagens da Avenida Lúcio Costa, reforçando a tese de que não quiseram chegar à origem dos executores.
A BandNews FM tenta contato com Giniton Lages.