No dia em que Marielle Franco completaria 44 anos, amigos e familiares voltaram a cobrar respostas para duas perguntas: quem mandou matar a vereadora e por quê? Marielle e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros no dia 14 de março de 2018.
A programação de homenagens teve início às 10 horas da manhã desta quinta-feira, com uma missa celebrada na Igreja Nossa Senhora do Parto, no Centro do Rio. Durante a cerimônia, o padre Gegê, que também é ativista do movimento negro, se emocionou e enalteceu o legado de Marielle.
Depois da missa, a família deixou flores na estátua dela no Buraco do Lume, também no Centro. A mãe de Marielle, Marinete Silva, disse que o dia é de celebração da vida da filha.
A viúva de Marielle, vereadora Mônica Benício, ressaltou que ainda aguarda justiça pelo crime.
Já a ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle, Anielle Franco, acredita que a investigação vai chegar aos mandantes do crime.
Esta quinta-feira (27) também foi marcada pelo lançamento da fotobiografia de Marielle, no Centro de Artes da Maré, na Zona Norte do Rio. Produzida em parceria com a viúva Monica Benício, a obra reúne discursos marcantes, textos de convidadas especiais e imagens inédita.
As homenagens também incluem apresentações de artistas, um sarau de música e poesia e uma exposição de fotos exclusivas da vereadora. As iniciativas têm o objetivo de ajudar a eternizar a memória da ativista e a luta dela pelos direitos humanos e pela igualdade social.
Marielle se apresentava como uma mulher negra, lésbica, mãe solteira e cria do Complexo da Maré. A vereadora foi a quinta mais votada na capital fluminense na eleição de 2016.