Anestesista é preso com mais de 20 mil arquivos de pornografia infantil

O homem é suspeito ainda de estuprar pacientes anestesiadas durante procedimentos cirúrgicos em hospitais das redes pública e particular. Ele tinha o hábito de filmar o crime e colecionar as imagens

Por Daniel Henrique

Anestesista colombiano é preso
Divulgação

A Polícia Civil investiga se o anestesista acusado de estuprar pacientes e de armazenar material pornográfico infantil também aliciava crianças, por meio de um perfil falso, para obter vídeos e fotos. Gravações de tela de conversas com menores de idade foram encontradas no telefone dele.

O anestesista colombiano foi preso em casa, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta segunda-feira (16).

Andres Eduardo Oñate Carrillo era investigado por armazenar mais de 20 mil fotos e vídeos de pornografia infantil, incluindo imagens de bebês com menos de um ano de idade, como afirma o delegado responsável pelas investigações, Luiz Henrique Marques.

No material pornográfico, a polícia encontrou dois vídeos gravados pelo próprio anestesista do estupro de duas pacientes durante procedimentos cirúrgicos.

Os casos aconteceram em 2020 e em 2021. As vítimas já foram identificadas e ouvidas pela polícia. O delegado Luiz Henrique Marques explica que os investigadores buscam agora por outras mulheres que também possam ter sido violentadas pelo anestesista. 

Na delegacia, Andres disse que nunca abusou sexualmente de crianças. No entanto, ele confessou ter abusado das pacientes e armazenado material pornográfico infantil. O anestesista afirmou ainda que esperava estar sozinho com as pacientes dos hospitais para cometer o estupro.

O anestesista colombiano trabalhava no Brasil há cerca de dois anos e atuava em diversos hospitais federais, estaduais e particulares.

Esse é o segundo anestesista preso em menos de um ano no Rio de Janeiro acusado de estuprar pacientes durante procedimentos cirúrgicos. 

Em julho do ano passado, Giovanni Quintella Bezerra, acusado de estuprar as mulheres durante o parto, foi detido, após cometer o crime contra uma paciente durante a cesárea e ser flagrado em um vídeo gravado pela própria equipe médica. O julgamento dele começou em dezembro.

Em nota, a direção do Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de Nazareth disse que colaborou com a Polícia Civil na investigação e que o médico deixou de atuar na unidade em setembro de 2021. Os nomes dos outros hospitais onde o anestesista atuava não foram divulgados.

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