Americanas realiza assembleia com credores nesta terça-feira

Uma das previsões do texto é a injeção de R$ 12 milhões na empresa por parte dos acionistas

Por João Videira (sob supervisão)

Americanas tem dívida declarada próxima de R$42,5 bilhões
BandNews FM

Com uma dívida declarada próxima de R$42,5 bilhões, a Americanas realiza na tarde desta terça-feira (19) sua Assembleia Geral de Credores.  

Para conseguir a aprovação do Plano de Recuperação Judicial, saída encontrada pela companhia para frear a crise contábil, a Americanas calcula o apoio de 57% dos titulares das dívidas da empresa.

O porcentual chegou a esse patamar após o apoio de instituições financeiras como o Banco Safra, que vinha contestando pontos do plano de recuperação judicialmente. O banco se junta ao Bradesco, Itaú, Santander, BTG Pactual, Votorantim e Banco Daycoval.

Uma das previsões do texto é a injeção de R$ 12 milhões na empresa por parte dos acionistas de referência da companhia, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. Já R$ 12 bilhões serão capitalizados em dívidas dos credores que serão revertidas em ações. Assim, o aumento de capital ficaria em R$ 24 bilhões.  

Os valores por ação dentro do plano de capitalização serão 1,33 vezes menores do preço negociado até a véspera da aprovação da data da assembleia.  

Segundo fontes ouvidas pela BandNews FM, a expectativa é de que o plano de recuperação seja aprovado pela maioria dos credores, com folga.  

Em novembro, a Americanas publicou a revisão de seus balanços dos dois últimos anos. Em 2021, a empresa fechou o ano com uma dívida de R$ 6,2 bilhões. Já em 2022, ela chegou a ficar próxima R$ 13 bilhões.  

Setores do mercado têm defendido novos relançamentos de balanços dos anos anteriores àqueles divulgados. O entendimento é de que eles possam deixar mais claro a "anatomia" da fraude contábil na ordem dos R$ 20 bilhões, anunciada em 11 de janeiro deste ano.  

A empresa é alvo de processos em diversas esferas, como no Judiciário estadual e federal fluminenses, apurações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na Bolsa de Valores brasileira (B3). 

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