O plano de recuperação judicial da Americanas deve ser aprovado em uma assembleia geral de credores. A varejista tem até a primeira quinzena de março para apresentar o documento. Caso o plano seja reprovado, o processo de recuperação judicial pode ser encerrado e a empresa terá a falência decretada. A informação é da advogada especialista em direito empresarial Marcela Cavallo.
A Justiça do Rio aceitou o pedido protocolado pela rede nesta quinta-feira (19). Com isso, todas as ações e execuções contra o grupo foram suspensas pelo período de 180 dias. No entanto, segue vigente a decisão liminar concedida ao Banco BTG Pactual, que recebeu o direito de bloquear R$ 1,2 bilhão da empresa.
De acordo com a advogada Marcela Cavallo, é importante que a empresa mantenha um bom relacionamento com os credores, já que a varejista depende deles para dar continuidade à recuperação judicial.
Além disso, a especialista ressalta que, além da possibilidade de demissão dos funcionários, a empresa também corre um alto risco de encerrar as atividades.
Diante da aprovação da Justiça do pedido de recuperação fiscal, a Bolsa de Valores exclui todas as ações da Americana dos seus índices. A ação da varejista na B3 teve queda aproximada de 43% e fechou a quinta-feira a R$ 1,00.
Por meio de nota, a Americanas informou que, no trimestre passado, a empresa tinha R$ 8 bilhões em caixa. No entanto, após a ação dos credores, o caixa atingiu R$ 800 milhões, com uma parcela significativa já bloqueada.
Segundo a Americanas, o endividamento financeiro do grupo pode chegar ao valor aproximado de R$ 40 bilhões.