Desde que as inconsistências contábeis da Americanas vieram à tona, a Comissão de Valores Mobiliários já abriu 23 procedimentos administrativos referentes ao caso.
A autarquia informou que, do total, dois já resultaram em acusações formais e há outros dois processos administrativos que podem levar a sanções: para apurar eventual falha na divulgação de fatos relevantes ao mercado e investigar suposta omissão aos investidores de propostas de capitalização e renegociação de dívidas e da avaliação de venda de ativos.
No último caso é acusada Camille Loyo Faria, atual diretora de relação com investidores por suposta omissão de duas tentativas de incremento de capital: de R$ 7 bilhões, em 16 de fevereiro e de R$ 10 bilhões, em 7 de março.
Em junho, um dos desdobramentos da força tarefa da CVM tornou réus Camille Faria além de Sérgio Rial e Joao Guerraa, ex diretores da companhia.
Segundo a autarquia ainda há dois outros inquéritos administrativos. Em um deles, já foram ouvidos os ex-CEOS Sérgio Rial, Miguel Gutierrez e André Covre, José Timotheo Barros, Anna Saicali, Marcio Cruz e Eduardo Saggioro - e outros membros da alta cúpula, além de Carlos Alberto Sicupira, um dos acionistas de referência.
Nesta semana, em reação à um depoimento de Gutierez enviado à CPI da Câmara que investiga o escândalo contábil, a Americanas refutou posicionamento do ex-CEO, que disse ter sido um "bode expiatório".
Já em nota enviada a BandNews FM, Miguel Gutierrez defendeu que a Americanas mentia e precipítava acusações.