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Alunos expulsam professor da UFRJ após acusação de capacitismo e transfobia

Imagens mostram estudantes reunidos na entrada do prédio com gritos contra o professor, que acabou deixando o local

Por Gabriela Morgado

Alunos expulsam professor da UFRJ após acusação de capacitismo e transfobia
Reprodução/Redes Sociais

Estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro acusam um professor do Instituto de Psicologia de capacitismo e transfobia. Na última segunda-feira (26), os alunos expulsaram Ricardo Cabral do prédio do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, no Centro do Rio, onde ele também dava aulas.

A ação foi gravada e publicada pelos Centros Acadêmicos envolvidos. Nas imagens, é possível ver que os estudantes se reuniram na entrada do prédio, com gritos contra o professor, que acabou deixando o local, seguido pelos alunos. Eles cantavam "não passarão, racistas, machistas".

De acordo com os relatos, Ricardo Cabral teria dito que pessoas trans não existem, durante uma aula no dia 19 de agosto, o primeiro para os calouros de Ciências Sociais. A declaração teria sido dada, após a divulgação por estudantes de uma mesa de debates sobre cotas para pessoas trans. Além disso, o professor teria afirmado para uma aluna com autismo que ela "não parecia autista". Ainda segundo estudantes, Cabral costuma fazer comentários sobre a aparência de estudantes mulheres.

De acordo com o Portal da Transparência, o docente está no cargo desde 2002, mas atua como professor na UFRJ desde 1994. Atualmente, ele tem salário líquido de R$ 9.176.

A BandNews FM aguarda respostas da UFRJ e do professor Ricardo Cabral.

Na semana passada, estudantes da Universidade do Estado do Rio, a Uerj, denunciaram uma fala racista de um membro de negociação da reitoria, durante ama reunião para discutir as novas regras de bolsas de assistência.

Segundo o Diretório Central dos Estudantes, ele teria apontado para a pele e dito que,como homem branco, sentia o que os alunos negros estão passando com os cortes das bolsas e auxílios, já que todos são iguais.

Após o episódio, a Uerj pediu desculpas.

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