Aliado de Bolsonaro preso pela PF é transferido para presídio em Benfica

O ex-candidato do PL em 2022, Ailton Gonçalves Moraes e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha vão passar por audiência de custódia

Por Gabriela Souza

A ação foi deflagrada em Brasília, mas há mandados também no Rio e em Duque de Caxias
Reprodução/Redes Sociais

O secretário municipal de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha e o ex-candidato do PL em 2022, Ailton Gonçalves Moraes já foram transferidos para a cadeia pública José Frederico Marques, em de Benfica, na Zona Norte do Rio, onde vão aguardar 24 horas para passar por audiência de custódia.

Os dois foram presos nesta quarta-feira (3), durante uma operação da Polícia Federal que investiga um esquema de fraude de cartões de vacinas da Covid-19, no Governo Jair Bolsonaro.

Os agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do deputado federal Gutemberg Reis, que é irmão do ex-prefeito de Caxias, Washington Reis, e na casa do ex-vereador do Rio Marcello Siciliano. 

A responsável pela Central de Vacinas de Duque de Caxias na Baixada Fluminense, Claudia Helena Rodrigues, também prestou esclarecimentos na sede da Polícia Federal na Zona Norte do Rio.

As fraudes nos cartões de vacinação teriam ocorrido entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. O objetivo seria burlar restrições sanitárias de países como os Estados Unidos.

A ação foi deflagrada em Brasília, mas há mandados também no Rio e na cidade de Caxias. O município da Baixada Fluminense foi cenário de diversas denúncias envolvendo problemas com a vacinação contra a Covid-19. Em março de 2021, o Ministério Público do Rio chegou a expedir uma recomendação à Prefeitura para que fosse observado o Plano Nacional de Vacinação. 

Enquanto em outras cidades a imunização estava na faixa etária de 80 anos, Caxias chegou a avançar a vacinação para a faixa etária de 60 anos. Na época, o município registrou filas gigantescas e confusão na hora da imunização.

Procurado, ex-vereador do Rio Marcello Siciliano disse que foi surpreendido com agentes da Polícia Federal na sua casa nesta manhã e confirmou que teve o celular apreendido. O ex-parlamentar afirmou ainda que tenta junto com a defesa entender o motivo da busca e apreensão.

Já o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) disse que colaborou integralmente com os agentes da Polícia Federal, que estiveram no seu gabinete em Brasília nesta quarta-feira. O parlamentar também reiterou que recebeu todas as doses da vacina, incentivou, por meio das redes sociais, a imunização da população e colocou sua carteira de vacinação à disposição. O deputado ainda está tomando conhecimento dos detalhes das investigações da Operação Venire.

Já a defesa da responsável pela Central de Vacinas de Caxias disse que Claudia Helena Rodrigues não vai se manifestar, já que o processo está em sigilo.

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