A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio vai enviar um ofício à Polícia Civil após familiares do entregador baleado por um PM afirmarem que não conseguiram fazer um registro de ocorrência por coação. Segundo eles, policiais militares foram até o hospital onde a vítima está internada para tirar fotos de parentes.
A discussão começou quando a esposa do policial militar se recusou a descer até a portaria para buscar o pedido. O entregador, então, abriu o procedimento fazer a devolução à loja, quando passou a ser perseguido pelo agente, identificado como Roy Martins Cavalcante.
Ao chegarem no estabelecimento, na Praça Saiqui, Nilton e o policial começaram a discutir. O entregador teria sido ameaçado e passou a filmar a situação. Em um dos vídeos, é possível ver Roy com a arma na mão levantando a blusa de Nilton para revistá-lo.
Após atirar em Nilton, o próprio policial realizou os primeiros socorros e acionou o Corpo de Bombeiros. O agente se apresentou em uma delegacia da região e alegou que Nilton teria tentado pegar a arma das mãos dele, agindo em legítima defesa. A Polícia Civil e a Corregedoria da PM investigam o caso.
Sobre a denúncia dos Pms no hospital, a Polícia Militar disse que até o momento, não recebeu nenhuma comunicação formal nesse sentido. Já sobre o relato da família que não conseguiu registrar o caso na delegacia, a Polícia Civil foi procurada, mas ainda não respondeu.