A delegada Adriana Belém saiu do Complexo Penitenciário Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, nesta quarta-feira (19), onde estava presa desde maio deste ano, após a Operação Calígula, que investiga o grupo criminoso responsável por um esquema de jogos de azar, comandado pelo contraventor Rogério de Andrade. Na época, foram encontrados 1 milhão de 800 mil reais em espécie no apartamento da delegada.
Belém teve a prisão preventiva revogada, nesta terça-feira (18), pelo juiz Bruno Monteiro Ruliére, da 1ª Vara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.
A Justiça, em setembro, havia mantido a prisão de Adriana por corrupção passiva, mesmo tendo substituído por medidas cautelares a preventiva no processo de lavagem de dinheiro.
Mas, de acordo com o juiz Bruno Ruliere, por a delegada ter sido aposentada pela Polícia Civil no início de outubro, a situação "modificou o cenário" e a prisão "se tornou desnecessária" e o "tempo de custódia provisória atingiu os fins almejados", de modo que as "medidas cautelares são adequadas e suficientes".
Adriana Belém deverá manter o endereço atualizado, não poderá exercer funções públicas e está proibida de contato com os demais acusados e testemunhas do processo decorrente da Operação Calígula.
Resposta da Polícia Civil, em outubro deste ano, quando decidiu pela aposentadoria de Adriana Belém:
A decisão não impede qualquer tipo de punição, como cassação da aposentadoria e demissão, caso a delegada seja condenada pela Justiça.