Devem passar por audiência de custódia hoje o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, e o candidato do PL a deputado estadual em 2022, Ailton Gonçalves Moraes.
Eles foram presos nesta quarta (3) no Rio, durante a operação da Polícia Federal que investiga um esquema de fraude em cartões de vacinação da Covid-19. A ação foi deflagrada em Brasília, mas houve mandados também no Rio e na cidade de Caxias.
Segundo o inquérito policial, Brecha foi responsável por inserir os dados falsos no sistema do Ministério da Saúde.
Já Ailton auxiliou o ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, no passo a passo do ConectSus.
Ailton Barros ainda enviou mensagens de áudio a Cid dizendo que o ex-vereador do Rio Marcelo Sicilliano teria intermediado a inserção de dados falsos no sistema.
E diante do êxito no processo fraudulento, ele pediu que Cid intermediasse um encontro de Siciliano com o Consul dos Estados Unidos no Brasil para resolver um problema relacionado ao visto, diante do envolvimento de seu nome com o caso do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco.
ENTENDA SOBRE O CASO:
Em 2018, uma testemunha chave do caso apontou o miliciano Orlando Curicica e o vereador Marcelo Siciliano como responsáveis pelos assassinatos da vereadora e do motorista Anderson Gomes, em março deste ano. Nada até então foi comprovado.
Em uma das mensagens, Ailton Barros afirma saber quem foi o mandante da morte da ex-parlamentar.
Procurado sobre a ação de ontem (03), Siciliano disse que tenta junto com a defesa entender o motivo do mandado de busca e apreensão em sua casa.
A BandNews FM tenta contato com a defesa de todos os citados.