Acusado de matar mulher e filhos estava em liberdade após preventiva negada

A solicitação foi feita em 2009 pela Polícia Civil diante do homicídio da ex-noiva do acusado

Por Carlos Briggs

Acusado de matar mulher e filhos estava em liberdade após preventiva negada
TJRJ

O homem acusado de assassinar a mulher e os dois filhos no Recreio Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, só estava em liberdade porque teve um pedido de prisão preventiva negado pela Justiça em 2012.  

A solicitação foi feita em 2009 pela Polícia Civil diante do homicídio da ex-noiva do acusado. Alexandre da Silva é réu pelo crime. Segundo as investigações, Tatiana Rosa de França, à época com 27 anos, foi assassinada pelo ex-companheiro, que não aceitava o fim do relacionamento.  

Ao negar o pedido de prisão, a Justiça alegou demora entre a solicitação feita pela Polícia Civil e a data de análise do processo. O judiciário, no entanto, não explicou porque ele mesmo levou três anos para fazer essa análise.  

Quatorze anos após o crime, o processo segue no Tribunal de Justiça do Rio. Sem decisão e solto, há uma semana, o Alexander foi preso acusado de dopar e matar a tiros a filha, Maria Eduarda Fernandes Affonso da Silva, de 11 anos, e a atual companheira, Andréa Cabral Pinheiro, de 37. A investigação da Polícia Civil também concluiu que, logo depois, ele asfixiou Matheus Alexander Cabral Pinheiro da Silva, de 11 meses, dentro do próprio berço.  

O novo crime chocou a opinião pública, mas em especial, a mãe da primeira vítima do acusado, Vilma Rosa de França.

O Tribunal informou que não se manifesta sobre processos em tramitação. A Defensoria Pública, que presta assistência jurídica para Alexander da Silva, disse que não vai se manifestar sobre o caso em andamento.

Sobre o novo crime cometido há cerca de uma semana, a Policia Civil informou que o acusado deve responder por homicídio, feminicídio e, ainda pode ser incluído na nova lei que trata da violência doméstica contra criança e adolescente.

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