A mulher acusada de agredir dois entregadores em São Conrado, na Zona Sul do Rio, alegou em depoimento que ouvia provocações homofóbicas das vítimas e que as agrediu para se defender. As declarações foram dadas à Polícia Civil durante quase três horas, na Delegacia da Gávea (15ª DP), na tarde de segunda-feira (17).  

Em seguida, ela foi fazer exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal. O exame foi uma determinação da Polícia Civil, após um pedido da ex-jogadora de vôlei. Sandra estava mancando e ficou cerca de 20 minutos no IML. Na semana passada, ela apresentou um atestado médico, que fez adiar o seu depoimento, alegando que estava com ferimentos no corpo.

Imagens de câmeras de segurança flagraram a ex-atleta agredindo o entregador Max Angelo e dando uma chicotada com uma coleira de cachorro. Sandra ainda agride outra entregadora, Viviane Maria de Souza. Nos videos divulgados, as vítimas não reagem.  

Em depoimento, a ex-atleta conta que os desentendimentos com os entregadores começaram cinco dias antes, quando Max passou muito próximo dela enquanto ela passeava com a cadela na calçada. Na ocasião, no dia 4 de abril, ela disse que chegou a tentar fazer uma reclamação de Max na plataforma digital de entrega. Sandra ainda afirmou que nem na primeira discussão e nem no dia 9, ela ofendeu as vítimas com palavras racistas, mas confessar ter os xingado.

Ela é investigada por injúria e lesão corporal.