Acre, Amazonas, Espírito Santo e Pernambuco têm alta de SRAG, diz Infogripe

Segundo especialistas, o aumento nos quatro estados pode se tratar apenas de uma oscilação natural

Por João Boueri

Acre, Amazonas, Espírito Santo e Pernambuco têm alta de SRAG, diz Infogripe
Infogripe

Acre, Amazonas, Espírito Santo e Pernambuco apresentaram crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave nas últimas seis semanas. Os dados foram divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz nesta quinta-feira (9), no Boletim Infogripe, que analisou o período de 29 de janeiro a 4 de fevereiro.

Segundo especialistas, o aumento nos quatro estados pode se tratar apenas de uma oscilação natural. No entanto, os colaboradores do estudo apontam que no Amazonas os casos novos estão associados ao vírus Influenza A. Os técnicos esperam que os próximos estudos indiquem se seria o início de uma nova temporada de incidência da doença ou apenas casos esporádicos. A Fiocruz sugere uma atenção especial na rede de vigilância de Manaus.

No entanto, o coordenador do Boletim Infogripe, Marcelo Gomes, acredita que a situação se trata de oscilação natural dos casos de Influenza A.

A nível nacional, há sinal de queda nas últimas seis semanas e também a curto prazo, nas três semanas anteriores, de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.  

A Covid-19 foi responsável por 61,7% dos casos nas últimas quatro semanas. O vírus sincicial correspondeu a aproximadamente 25% das notificações. A última vez que o porcentual ficou abaixo dos 62% foi na Semana Epidemiológica 45,em 2022, que corresponde ao período entre 6 e 12 de novembro. Na ocasião, a Fiocruz constatou alta de vírus sincicial respiratório em crianças no estado de São Paulo e crescimento de casos de Influenza A no Sudeste e no Centro-Oeste.

Atualmente, o Boletim Infogripe ainda destaca a presença do vírus sincicial respiratório em crianças de até quatro anos no Espírito Santo, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e nos três estados da Região Sul. No fim do ano passado, as regiões tiveram surto de vírus sincicial respiratório. A curva aponta manutenção de volume expressivo das notificações e tendência de queda nas próximas semanas. 

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