A Associação Brasileira de Planos de Saúde alerta para a possibilidade de aumento do serviço em 2023. Isso porque, de 15 meses para cá, o resultado operacional ficou negativo em R$ 9 bilhões de reais, já que os gastos cresceram mais que a receita do setor.
Para o superintendente executivo da Associação Brasileira de Planos de Saúde, Marcus Novais, tudo depende dos próximos seis meses.
A expectativa da Abramge era de que, após uma alta das despesas em 2021, em consequência da pandemia, houvesse um retorno ao padrão, o que não ocorreu. Em 2021, as despesas superaram 200 bilhões de reais - a maior da história.
Diante da alta dos preços, o consumidor já começa a avaliar o cancelamento dos planos, mas o superintendente executivo da Associação que representa as operadoras afirma que dá para economizar sem abrir mão do serviço. De acordo com Marcus Novais, é grande o número de pessoas com planos de saúde nacionais, mais caros, quando poderiam optar por um regional, que custa menos.
Foi o que fez o aposentado Climério Rangel, de 72 anos.
Outro fator que pode contribuir para o aumento dos planos de saúde é a derrubada do chamado rol taxativo, que é uma lista de procedimentos que são cobertos pelas operadoras. O assunto está sendo discutido no Congresso Nacional. Enquanto as empresas querem cobrir apenas o que está listado pela ANS, entidades ligadas aos consumidores pressionam para que as operadoras sejam obrigadas a seguir os tratamentos prescritos pelos médicos
A Abramge defende que haja um debate com todos os envolvidos, já que, para a entidade outras possibilidades de tratamento, além das indicadas pelos médicos de cada paciente, podem constar na lista.
Atualmente, cerca de 50 milhões de brasileiros têm plano de saúde.