A Associação Brasileira de Imprensa pede que a Organização das Nações Unidas acompanhe e monitore os desdobramentos da prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson. O documento foi encaminhado ao Relator Especial sobre Independência de Juízes e Advogados da ONU, Diego García-Sayán.
No pedido, o presidente da ABI, Octávio Costa, e os advogados Carlos Nicodemos e Maria Fernanda Fernandes Cunha citam as ofensas de Roberto Jefferson à ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia e ao Judiciário. O texto menciona ainda que o político resistiu a um mandado de prisão, atacando agentes da Polícia Federal.
O documento também solicita que Diego García-Sayán se posicione em relação ao que a associação classificou como "violações de direitos humanos ocorridas no Estado Brasileiro". O advogado Carlos Nicodemos diz que a iniciativa é importante, porque, segundo ele, o país vive um período de instabilidade.
Roberto Jefferson foi preso no último domingo (23) em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio, após resistir à ação de agentes da Polícia Federal que cumpriam mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes. Dois policiais ficaram feridos, após o político arremessar uma granada.
O ex-deputado teve a prisão mantida após audiência de custódia realizada na segunda-feira (24). Ele foi transferido para o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da capital fluminense.