Pelo menos nove marcas divulgaram que não vão mais anunciar no canal do vereador Gabriel Monteiro. As decisões foram tomadas a partir de uma campanha do movimento Sleeping Giants Brasil para desmonetizar os vídeos do vereador.
Gabriel Monteiro tem mais de 6 milhões de inscritos no YouTube e costuma publicar vídeos de ações de fiscalização. Mas o deputado estadual Giovani Ratinho pediu a comissões da Assembleia Legislativa que investiguem o conteúdo de dois vídeos recebidos por ele.
As imagens mostram um homem que seria funcionário de Gabriel pedindo para uma pessoa em situação de rua jogar a bolsa de uma mulher no meio dos carros, em troca de dinheiro. Ele faz o que é pedido e é questionado por Gabriel Monteiro. Um policial militar cedido para a escolta do vereador chega a empurrar o homem, que cai no chão.
Além disso, em áudios atribuídos ao parlamentar, Gabriel orienta a equipe a incentivar frases homofóbicas.
As imagens fazem parte do material bruto das gravações para o canal do vereador.
Em nota, a assessoria de Gabriel Monteiro disse que os vídeos mostrados fazem parte de um material roubado do acervo do vereador e que registram experimentos sociais sobre feminicídio e preconceito. A nota diz ainda que o intuito é a conscientização da pessoa com a intervenção do Gabriel. A assessoria do parlamentar também afirma que o policial que empurrrou o homem que pegou a bolsa estava tentando impedir uma tentativa de agressão e utilizou o uso progressivo da força.
O parlamentar responde a sete processos no Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio. O grupo analisa ainda novas denúncias veiculadas em reportagens da TV Globo, entre elas, as de que Gabriel Monteiro teria cometido assédios e até um estupro. O vereador nega as acusações.
O Conselho se reúne na próxima terça-feira (5) e pode definir a abertura de uma nova representação.
A Polícia Civil analisa ainda o vazamento de três vídeos íntimos de Gabriel Monteiro com uma jovem não identificada e com uma adolescente. O parlamentar e a família da menina, de 15 anos, disseram aos agentes que a relação foi consensual e que ela mentia ser maior de idade.