Oitenta por cento dos trabalhadores da Petrobras aderiram à paralisação da categoria que acontece de forma parcial desde sexta-feira (27). A informação é do Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias.
Nesta segunda-feira (30), trabalhadores pararam as atividades por duas horas no Terminal Campo Elíseos da Transpetro, na cidade da Baixada Fluminense. De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, também ocorreram atos na sede da subsidiária, no Centro da capital fluminense, e no Terminal Aquaviário da Baía de Guanabara da Transpetro.
A categoria reivindica principalmente o reajuste nos salários com ganho real de 3% e a redução do porcentual de participação dos empregados no valor do plano de saúde.
Segundo o presidente do Sindicato dos Petroleiros de Caxias, Marcelo Bernardo, o calendário de mobilização vai até esta quarta-feira (1º). No entanto, ele afirma que, caso não haja acordo com a Petrobras, a classe pode aderir a uma greve por tempo indeterminado.
Ainda de acordo com o presidente Marcelo Bernardo, nos últimos anos, a categoria teve perdas de 20 a 30 por cento nos pagamentos.
Durante o ato em Duque de Caxias, nesta segunda, os trabalhadores ainda realizaram uma homenagem a um presidente do Sindicato da Construção Civil da região, conhecido como Mazinho, que morreu de câncer na sexta-feira. O ato chegou a gerar dois quilômetros de retenção na BR-040, rodovia que liga a capital à Região Serrana.
A proposta da Petrobras e das subsidiárias é de 1% de ganho real, além da correção monetária, totalizando 5,66% de reajuste. Mas os petroleiros reivindicam ganho real de 3%, além de 3,8% de reposição das perdas passadas e equiparação entre as tabelas salariais da estatal e das subsidiárias.