Mais de 80% dos pacientes com câncer de esôfago podem morrer pela doença no Brasil. A região Sudeste é destaque, onde a letalidade entre os homens chega a 98%. A informação foi divulgada em um estudo da Fundação do Câncer nesta quarta-feira (27), Dia Nacional de Combate à doença.
A pesquisa, intitulada Impactos do tabagismo além do câncer de pulmão analisou a incidência, mortalidade e letalidade de sete tipos de câncer relacionados ao tabagismo. São eles: cânceres de cavidade oral, esôfago, estômago, cólon e reto, laringe, colo de útero e bexiga. A publicação revelou ainda que mais da metade dos pacientes diagnosticados com algum desses tipos de câncer no Brasil não sobrevivem.
De acordo com a pesquisa, além do alto índice para o de esôfago, os dados da letalidade para o câncer de estômago também são altos, chegando a 71%.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, 704 mil casos novos da doença são estimados para esse ano. De acordo com o estudo, os cânceres relacionados ao tabaco representam cerca de 17% dos novos diagnósticos estimados para 2024.
O cigarro continua sendo um dos maiores causadores de câncer e mortes evitáveis no país.
Apesar do Brasil ter reduzido o número de fumantes, a popularização dos cigarros eletrônicos traz novas preocupações.
De acordo com o Ministério da Saúde, dos sete tipos de câncer analisados no estudo, os que apresentam maior índice de novos casos estimados este ano são o de cólon e reto, com 45 mil casos, e o de colo de útero, com 17 mil.
Para calcular a letalidade, os pesquisadores da Fundação se basearam tanto na incidência quanto na mortalidade dos Registros de Câncer de Base Populacional e do Sistema de Informação sobre Mortalidade.