14 mil empregos seriam gerados se o Galeão tivesse protagonismo, aponta estudo

A discussão sobre o movimento no Aeroporto Internacional do Rio tem sido pauta entre autoridades

Por Nicolle Timm

14 mil empregos seriam gerados se o Galeão tivesse protagonismo, aponta estudo
Empregos beneficiariam principalmente a mão-de-obra da Ilha do Governador
Alexandre Macieira/Riotur

Um levantamento da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda do Rio, obtido em primeira mão pela BandNews FM, aponta que 14 mil vagas de empregos diretos seriam geradas se o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, voltasse a ter protagonismo no cenário da aviação.

A discussão sobre o movimento no Galeão tem sido pauta entre autoridades municipais, estaduais e federais, que querem limitar a movimentação do Aeroporto Santos Dumont para garantir a volta do fluxo no Aeroporto Internacional do Rio.

De acordo com a Secretaria, as vagas seriam geradas na concessionária RIOGaleão, nas companhias aéreas e ainda nas empresas instaladas no complexo aeroportuário. 

Entre os principais segmentos beneficiados, estariam ofícios ligados diretamente as companhias aéreas, funções técnicas e serviços operacionais terceirizados exercidos dentro do aeroporto.

Esses empregos beneficiariam principalmente a mão-de-obra insulana, já que mais de um terço dos trabalhadores do Galeão moram na própria Ilha do Governador. 

De todos os trabalhadores, pelo menos 34% são mão-de-obra recrutada e residente na Ilha. Além disso, a Secretaria também apurou que 80% dos trabalhadores do Aeroporto Internacional moram em áreas carentes do Rio e da Região Metropolitana.

Antes da pandemia, o aeroporto internacional proporcionava 22 mil empregos diretos, impactando 150 mil postos de trabalho em indústrias, turismo e logística.

São 8 mil empregos diretos gerados pelo Galeão. Estimativas feitas pela prefeitura apontam que, operando com plenitude de capacidade, o Aeroporto Internacional Tom Jobim possa retomar o número de empregos diretos e aumentar o número de postos indiretos de 150 para 160 mil. 

Apenas o turismo, incluindo hotelaria e gastronomia, é responsável por 113 mil postos. Empregos que ajudariam a levantar o mercado de trabalho carioca, segundo o secretário municipal de Trabalho e Renda, Everton Gomes.

"Se a gente consegue retomar a atividade econômica do Galeão ao momento anterior à pandemia, que não foi o principal momento do Tom Jobim, nós geraríamos cerca de 14 mil novos empregos. Imagina se a gente colocasse o Galeão em plena operação, como foram por exemplo durante os grandes eventos, a Copa do Mundo e as Olimpíadas, seriam muitos empregos gerados”, aponta Everton Gomes.

Em 2019, antes da pandemia, setores como lojas e restaurantes que ficam dentro do Galeão geraram R$ 6,6 bilhões de reais em receita bruta. O levantamento da prefeitura também apontou que para cada um real de valor adicionado pelas atividades econômicas desenvolvidas dentro do aeroporto, cerca de três vezes desse valor são produzidos para o Produto Interno Bruto do Rio de Janeiro através das cadeias produtivas que utilizam o Galeão, como explica o secretário Everton Gomes.

"Nós defendemos a retomada do Galeão como principal aeroporto do nosso país, porque o Tom Jobim é uma grande máquina de geração de empregos, de renda. Só para vocês terem uma ideia, para cada um real na movimentação econômica no Galeão, nós produzimos um impacto de 3 e 20 no nosso PIB”, afirma o secretário.

Os dados foram levantados no último fim de semana pelo Observatório do Trabalho da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda. O Observatório foi criado nesse mesmo período com o objetivo de apurar dados e métricas que possam embasar políticas públicas da Prefeitura.

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