A ONU promete coordenar uma investigação independente para apurar as circunstâncias do assassinato em massa de civis na cidade ucraniana de Bucha.

Tropas russas foram acusadas de matar ao menos trezentas pessoas na região. Imagens aéreas mostram uma vala comum aberta para receber os corpos.

Nesta terça-feira (05), falando ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, o presidente da Ucrânia chamou o exército russo de terrorista e pediu novas garantias de segurança aos civis.

Volodymyr Zelensky ainda questionou o poder de veto da Rússia no Conselho de Segurança da ONU e defendeu uma reforma no órgão para que, segundo ele, as guerras possam ser prevenidas, e não remediadas.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres disse que “nunca esquecerá” das imagens de civis mortos em Bucha. Ele afirmou que a guerra na Ucrânia tem levado a uma “perda de vidas sem sentido” e que o conflito representa um dos maiores desafios de todos os tempos para a ordem internacional.

Também no Conselho de Segurança da ONU, o embaixador russo negou que o país tenha atacado civis. Vassily Nebenzia insistiu que as alegações de assassinatos em Bucha são falsas.

Já o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou o Ocidente de tentar atrapalhar as negociações de paz alimentando a “histeria” sobre supostos crimes de guerra cometidos por Moscou.