A defesa de do ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, pede proteção policial para ele e aos familiares como condição para prestar um novo depoimento à CPI da Pandemia.
A solicitação encaminha à presidência da comissão no Senado foi protocolada nesta segunda-feira (05) e, segundo o advogado de Witzel, as informações que serão passadas aos senadores são graves e envolvem autoridades, o que o colocaria em risco.
O novo depoimento de Witzel estava marcado para o dia 09 de julho.
Mesmo assim, Witzel compareceu a uma sessão da CPI. O ex-governador, no entanto, abandonou a reunião com os senadores ao ser questionado sobre a compra de respiradores em seu governo. Ele foi questionado sobre as medidas que tomou para o combate da pandemia e afirmou que ouviu especialistas sobre a imunidade de rebanho e isolamento vertical e que isso “não seriam suficientes para o Rio de Janeiro”.
O ex-governador ainda falou, sem apresentar provas, que grupos milicianos estão por trás da gestão na saúde do Rio de Janeiro e que, para falar dos nomes, pediu um depoimento em uma sessão fechada da CPI sob proteção policial.
Witzel ainda responsabilizou o governo federal pelas mortes atuais no Brasil e reafirmou o descaso de Bolsonaro em razão da pandemia: “O presidente deixou os governadores à mercê da desgraça que viria”.
Sobre as declarações envolvendo insinuações sobre a família do presidente, o ex-governador recebeu um prazo de até 15 dias para dar explicações sobre as falas na CPI da Pandemia. A determinação foi feita no dia 28 de junho pela Justiça do Rio, após pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro, que acusa Witzel de "atacar sua honra”.