O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel encerrou a participação na CPI da Covid-19 sem responder todos os questionamentos dos senadores.
O depoimento foi encerrado depois de ele ser cobrado por Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, sobre a compra de respiradores no estado.
A medida foi baseada na decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, que concedeu um habeas corpus a ele.
Ao todo, a sessão durou cerca de quatro horas.
Resumo da sessão
O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel é réu por corrupção e lavagem de dinheiro e teve mandato cassado em abril de 2021. Neste primeiro semestre, ele foi cassado após acusação de irregularidades na Secretaria Estadual de Saúde.
Questionado sobre as medidas que tomou para o combate da pandemia, ele afirmou que ouviu especialistas sobre a imunidade de rebanho e isolamento vertical e “não seriam suficientes para o Rio de Janeiro".
Witzel responsabilizou o governo federal pelas mortes atuais no Brasil e reafirmou o descaso de Bolsonaro em razão da pandemia: “O presidente deixou os governadores à mercê da desgraça que viria”.
A declaração foi em resposta ao senador Flávio Bolsonaro.
O filho do presidente da República estava presente na sessão que acabou em discussão com o depoente, após citar denúncias de corrupção do ex-governador e dizer que ele está com as mãos sujas “de sangue entre os quase 500 mil mortos”.