Vice na Austrália, Bia Haddad explica "resiliência" após ascensão no ranking

Vice-campeã de duplas femininas do Aberto da Austrália, Bia Haddad faz um balanço da campanha no Grand Slam

Juliana Yamaoka

Beatria Haddad Maia é a terceira brasileira a jogar uma final de Grand Slam
Créditos: (Alex Silva/Joma)

Depois de fazer história em Sydney e conquistar ao lado da cazaque Anna Danilina o terceiro título de duplas de WTA, Beatriz Haddad Maia se consagrou com o vice-campeonato do Aberto da Austrália no mês passado. 

A paulista de 25 anos saiu da final direto para o aeroporto e depois de uma rápida comemoração com a família, já retornou aos treinos e competições. Surpresa com a repercussão do feito no Brasil, Bia também celebrou o crescimento do tênis feminino após os Jogos Olímpicos de Tóquio, com a medalha de Laura Pigossi e Luisa Stefani.

"Saímos da final e eu fui direto para o aeroporto. Fiz dois voos muito longos, mas eu estava num momento tão feliz que foi até legal passar 15 horas no avião. (risos) Cheguei aqui no Brasil e jantei com a minha família, para comemorar. Descansei dois dias, já voltei a treinar, mas terça já viajo para outra competição. Não dá pra parar muito o corpo. O mais interessante na volta foi ver o alcance que a final teve por aqui. De lá, tão longe, na nossa rotina, não dava para perceber. Mas pra mim, o importante, é que o tênis tenha cada vez mais alcance, mas eu por mim, por dentro continuo a mesma", disse a tenista.

Bia se tornou a primeira brasileira finalista do Aberto da Austrália na Era Aberta, que começou em 1968, e desde o seu retorno ao circuito em setembro de 2020, com ranking zerado, disputou torneios melhores para obter uma classificação melhor.

A brasileira foi campeã em nove torneios entre os níveis W15, W25 e W60, e voltou a disputar uma chave principal de Grand Slam neste ano, na Austrália, após quase três anos.

"É muito especial poder divulgar o tênis feminino. Sempre tento ser o mais sincera possível e falar de tudo que passo por aí. Quando a gente está no topo, sempre tem muita gente, muitos amigos, todo mundo aparece, sabe? Mas quando estamos em momentos difíceis, de muitas derrotas, aparecem críticas e tudo mais. Então estar num momento como esse, podendo representar as mulheres, me mostra que estou no caminho certo, que sou muito profissional e que tenho esse privilégio de fazer o que amo", ressalta a única tenista brasileira no top 100 de simples.

Bia Haddad ainda afirma que a “resiliência” é o maior legado da carreira e também comemora o fato de estar próxima de atingir o melhor ranking da carreira. Ela é a número 73 do mundo no ranking da WTA e nas duplas se manteve na 40ª posição. Ela já foi a número 58 do mundo, em setembro de 2017.

A tenista está nos Emirados Árabes, onde vai disputar o WTA 500 de Dubai. Depois, a brasileira tem no calendário o WTA 1000 de Doha, o WTA 250 de Monterrey, os WTA 1000 de Indian Wells e Miami e o WTA 250 de Bogotá. Já nas duplas, Bia voltará a se reunir com Danilina em Doha, Indian Wells e Miami.

Confira a entrevista na íntegra com a repórter Juliana Yamaoka:

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