Os vereadores do Conselho de Ética da Câmara do Rio de Janeiro envolvidos no processo contra Gabriel Monteiro pedem à Mesa Diretora da Casa uma varredura nos gabinetes por suspeita de espionagem. Os parlamentares investigam se escutas foram colocadas nos gabinetes e pedem vistoria nos celulares particulares.
A informação foi confirmada pelo presidente do colegiado, Alexandre Isquierdo, após o grupo ouvir as testemunhas de defesa de Gabriel Monteiro, nesta sexta-feira (03). Isquierdo confirmou também que seis dos sete integrantes do Conselho vão pedir carros blindados para reforçar a segurança.
O empresário Pedro Rafael Sorrilha, testemunha de defesa de Gabriel Monteiro, será ouvido pela Comissão de Ética da Casa na próxima terça-feira (7). Os vereadores confirmaram que a defesa de Sorrilha pediu o adiamento do depoimento, que estava marcado inicialmente para esta sexta-feira (03). Ele é acusado por Gabriel Monteiro de tentar forjar provas.
Outras duas testemunhas de defesa prestaram depoimento nesta sexta. Pela manhã, Fábio Félix Ferreira falou por quase duas horas para os vereadores. Já à tarde, foi a vez de Natachi Mendonça da Silva prestar depoimento. Ela é a mãe de uma menor de idade que aparece em um vídeo do vereador.
Relator do caso, o vereador Chico Alencar, do PSOL, disse que os depoimentos foram bastante contraditórios. Ao todo 13 pessoas serão ouvidas, sendo cinco testemunhas de acusação e oito de defesa.
O vereador Gabriel Monteiro responde por quebra de decoro parlamentar. O processo na Câmara pode levar à cassação do mandato dele, que é investigado por estupro e assédio moral e sexual. A defesa de Gabriel Monteiro nega que o parlamentar tenha espionado qualquer outro vereador.