Os vereadores de Belo Horizonte acionam o Ministério Público do Trabalho após terem acesso a áudios de motoristas de ônibus afirmando que estavam sendo impedidos pelos donos das empresas de trabalhar na capital mineira durante a greve da categoria que durou de segunda (22) a terça (23).
Os políticos querem que o MPT investigue a suspeita de locaute - quando os empresários se recusam a ceder aos trabalhadores os instrumentos para que os profissionais possam trabalhar, impedindo-os de exercer a atividade, o que é proibido por lei.
A BandNews FM teve acesso aos áudios dos motoristas conversando sobre a greve.
Em uma das conversas, é possível ouvir um motorista dizendo que a empresa não estava autorizando a saída dos ônibus da garagem. Em outro áudio, um outro motorista afirma "A greve é dos homens, não é nossa", se referindo supostamente que a greve é dos empresários e não dos funcionários.
Procurados, os sindicatos dos trabalhadores e o dos donos das empresas negaram a prática de locaute. Acionado, o MPT ainda não se pronunciou sobre o processo de investigação.
PARALISAÇÃO
Os moradores de BH voltam a enfrentar longas filas nas estações e pontos de ônibus da capital, após os motoristas do transporte público suspenderem a greve temporariamente até a próxima sexta-feira (26). Na Estação Pampulha, apesar dos velhos problemas, os veículos de transportes coletivos circulavam normalmente nesta quarta-feira (24). A suspensão da greve anunciada na tarde dessa terça-feira (23), após uma reunião entre as empresas e os motoristas de ônibus. Caso o Setra, Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros, não apresente uma proposta para a categoria até sexta-feira, os trabalhadores prometem retomar a paralisação.