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Venezuelanos declararam apoio à anexação de Essequibo em votação

Região rica em petróleo e recursos minerais é disputada entre Guiana e Venezuela, resultando em um conflito secular pelo domínio do território

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Cartaz de campanha para o referendo deste domingo
Reuters

Mais de 95% dos eleitores da Venezuela, segundo o Governo, apoiam a ideia de anexar parte do território de Essequibo, controlado pela vizinha Guiana. A região aparece nos mapas como “Zona en Reclamación”, alegando que o território está sendo reivindicado.

O número é referente aos mais de 10 milhões de cidadãos que participaram neste domingo (4) de um referendo consultivo, contando com cinco perguntas e convocado pelo ditador Nicolás Maduro.

A consulta buscou verificar se os venezuelanos concordam ou não com a incorporação da área, que contém ricas reservas de petróleo e recursos naturais. No total, 20 milhões de pessoas poderiam ter votado, resultando em um apoio considerável à opinião do presidente.

Reivindicada pela Venezuela, a área de Essequibo representa 70% do território da Guiana, que o possui sob controle desde a sua independência. Antes disso, o local pertencia ao domínio do Reino Unido desde o século XIX. Com cerca de mais de 125 mil habitantes, Essequibo pertenceu ao Império Espanhol, colonizador da Venezuela.

Antes de deixar Dubai rumo à Alemanha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o potencial conflito entre os dois países vizinhos do Brasil e pediu por "bom senso" de ambas as partes, defendendo uma solução diplomática e pacífica. O Ministério da Defesa brasileiro já confirmou o reforço das ações militares nas áreas de fronteira com a Guiana e Venezuela.

O presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, tranquilizou a população e disse que "não há nada a temer", declarando que o país tem apoio internacional.

Na sexta-feira (1º), o Tribunal de Haia determinou que Caracas não pode tomar medidas para anexar a região. Apesar da decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ), o mais alto órgão judicial da ONU, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, manteve a consulta pública e classificou a votação como histórica, prometendo lutar pelo legado dos libertadores da América.

Não está claro como as autoridades venezuelanas pretendem implementar a anexação do território, e a possibilidade de redefinição da fronteira da Venezuela de forma não pacífica “preocupa” o governo brasileiro.

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