Mais de 20 milhões de venezuelanos vão às urnas neste domingo (28) em uma das eleições presidenciais mais importantes dos últimos anos, já que a oposição ao chavismo, no poder há 25 anos, tem chances de vitória.

As urnas foram abertas no início da manhã, onde alguns eleitores acamparam à noite. Houve registro de confusão nas estações de votação.

O atual presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, já registou o voto e garantiu que respeitará o resultado da eleição: "Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e garantirei que sejam respeitados", disse ele a repórteres.

Maduro já está há 11 anos no poder e tenta o terceiro mandato. Ele chegou à presidência em 2013, quando o ex-presidente Hugo Chávez morreu em 2013.

Representante do chavismo, Maduro enfrenta uma oposição fortalecida em um país em crise.

Edmundo González encabeça a chapa da coalizão "Plataforma Unitária Democrática (PUD)". A nomeação dele foi feita após as opositoras María Corina Machado, a principal opositora do governo, e Corina Yoris serem impedidas pelo regime de Maduro de concorrer. Agora, ele é o principal concorrente de Maduro.

Pelas redes sociais, María Corina convocou eleitores na manhã deste domingo: “Vamos sair e votar em família com força, alegria e convicção, porque vamos conseguir!”.

A oposição e alguns observadores questionam se a votação será justa. Maduro chegou a dizer em um comício que o país pode enfrentar um "banho de sangue" e uma "guerra civil" caso ele não seja reconduzido ao cargo.

O enviado especial do Brasil à Venezuela, o assessor internacional do Planalto, Celso Amorim, está em Caracas para acompanhar as eleições presidenciais da Venezuela. Ele já se encontrou com o chanceler do regime de Maduro e neste sábado teve reunião com representantes da oposição.