A Venezuela entregou documentos e títulos históricos à Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, na Holanda, que respaldam a soberania do país sobre Essequibo, de acordo com o presidente Nicolás Maduro.
Segundo o chefe de estado venezuelano, a região, que equivale a dois terços do território da Guiana, foi roubada quando a fronteira entre os dois países foi traçada no final do século XIX.
Na semana passada, a Venezuela promulgou uma lei que designa Essequibo como um novo estado do país. A Guiana afirmou que não irá permitir a anexação do território. O presidente do país, Mohamed Irfaan Ali, diz que essa decisão de Maduro contraria o acordo bilateral de tratar o assunto sem “provocações” e “interferência de terceiros”.
A Corte de Haia, que julga o caso, relatou que vai avaliar, em uma segunda sentença, a soberania de Essequibo, os documentos entregues pelo governo venezuelano e o pedido da Guiana de ratificação da declaração de 1899, que fixa as fronteiras atuais.
Em nota, a Guiana afirma que, apesar da disputa, com a apresentação argumental dos dois Estados “o Tribunal poderá levar em conta todos os argumentos e provas e emitir uma sentença". Maduro, ainda que tenha entregado os documentos, declara que a Venezuela não reconhece a corte como foro para a resolução da controvérsia.