O velório de Ney Latorraca acontecerá na manhã desta sexta-feira (27), no Theatro Municipal, no centro do Rio de Janeiro. A cerimônia será aberta ao público. À tarde, a cremação do corpo vai ser feita de forma restrita para a família.
O ator faleceu nesta quinta-feira (26), aos 80 anos, em decorrência de uma sepse pulmonar.
Ney estava internado desde o dia 20 de dezembro, na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio, por conta do agravamento de um câncer de próstata. A doença foi diagnosticada em 2019. Na época, o ator foi operado, mas em agosto deste ano o câncer voltou.
Natural de Santos/SP, Antonio Ney Latorraca participou de diversas novelas. Aos seis anos, fez uma participação em uma radionovela da Record. Durante a década de 1970, atuou em espetáculos como Hair (1970), Jesus Cristo Superstar (1972), Bodas de Sangue (1973) e A Mandrágora (1975).
A fama e o sucesso vieram com a novela "Escalada", na TV Globo. Um contrato de três meses virou mais de 50 anos de casa. Assim, ele estabeleceu parceria importante com o diretor Walter Avancini, com quem realizou projetos de literatura adaptada como "Anarquistas, Graças a Deus", "Memórias de um Gigolô", "Rabo de Saia" e "Grande Sertão: Veredas". Após diversas novelas, minisséries e filmes no cinema, experimentou um exercício diferente com "TV Pirata", em que encarnava Barbosa.
Em entrevista a BandNews FM, o ator Eri Johnson relembrou o prazer de trabalhar com Ney e sua generosidade nos bastidores.
Ney Latorraca deixa o marido, o ator Edi Botelho, com quem era casado há 30 anos. Em nota, a Clínica São Vicente lamentou a morte do ator e se solidarizou com a família.
Em um comunicado, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, disse que o Brasil perdeu um dos maiores artistas da história do teatro e da TV brasileira. Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se solidarizou com amigos e fãs de Ney e o descreveu como um ator e diretor de carisma marcante.