A Vara da Infância e da Juventude de São Paulo decide nesta terça-feira (28) se mantém a internação do aluno que matou uma professora e feriu outras quatro pessoas em uma escola estadual da capital paulista. O enterro da educadora será realizado no Cemitério do Araçá nesta terça.
O estudante de 13 anos responsável pelo ataque na escola Thomazia Montoro foi ouvido pela Polícia Civil e transferido para uma unidade da Fundação Casa que recebe menores infratores. Ele aguarda a decisão judicial.
Durante coletiva de imprensa ainda na segunda (27), o secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que não descarta a possibilidade do agressor ter recebido ajuda.
A unidade de ensino permanecerá fechada por pelo menos uma semana e a comunidade escolar terá apoio psicológico oferecido pelo governo. O estado decretou luto oficial de três dias.
Os estudantes afirmaram que, ainda na semana passada, a professora Elisabete teria separado uma briga entre o agressor e um colega. Os alunos contam que o desentendimento contou com ofensas racistas proferidas pelo responsável pelos crimes.
O jovem de 13 anos foi transferido para a escola duas semanas antes do ataque. Cerca de um mês atrás, a instituição de ensino que o agressor frequentava registrou um boletim de ocorrência alegando que ele apresentava comportamento suspeito nas redes sociais. Segundo o documento, o menino postava vídeos com armas de fogo e chegou a mandar mensagens com fotos dos objetos para colegas.
O ataque aconteceu por volta de 7h20 de segunda-feira (27), no momento no qual as turmas se preparavam para iniciar as aulas. O estudante, do oitavo ano, invadiu uma sala e atacou a professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, pelas costas. A educadora não resistiu aos ferimentos. Outras três professoras e um aluno ficaram feridos.